É muito difícil fazer um comentário a este livro. Porquê? Porque fiz dele uma leitura muito pessoal e quando assim é, pouco resta para dizer aos leitores de um blogue. Por outras palavras: quando um livro nos fala tão de perto, nos atinge como uma bala, nos mexe nas profundezas da alma, fica uma espécie de pudor que nos encaminha para a interiorização…
É um livro notável. Não é uma obra-prima; o seu estilo é simples, algo ingénuo até, como seria de esperar de um escritor tão jovem (25 anos). Mas o que falta em grande qualidade literária sobra em emoção e em sentimento.
Alice é uma jovem vítima de um acidente de esqui, aos sete anos, numa altura em que o pai a forçava a praticar esse desporto, sonhando fazer dela uma atleta de alto nível. Mas esse acidente marcará indelevelmente toda a sua vida…
Mattia é uma criança muito inteligente e feliz até que um terrível acidente acontece com a irmã gémea deficiente. A culpa persegui-lo-á e a sua vida ficará irremediavelmente determinada por isso.
Alice e Mattia serão sempre como os números primos: sempre perto um do outro sem que nunca se toquem. Como o onze e o treze; o dezassete e o dezanove. Há amores assim; amores distantes embora próximos; infelizes embora profundos…
É um livro de uma sensibilidade tremenda, um livro triste mas profundamente real; um livro simples mas que aborda o amor de uma forma muito profunda.
Avaliação pessoal: 9/10
Nossa, me encantei. Fiquei curiosa para lê-lo, tão diferente!
ResponderEliminarManuel,
ResponderEliminarEsta é realmente uma história comovente, tenho pena que o tempo já tenha feito esquecer parte dela ou melhor da intensidade das emoções que me causou na altura da leitura.
Uma leitura muito profunda e muito triste também. Um livro MAGNÍFICO
Já o comprei, Manuel,vamos ver quando conseguirei lê-lo.Mas não quero demorar muito.Quero sentir toda essa emoção de que falam.
ResponderEliminarUm abraço
Isabel
Foi no teu blogue que o descobri, Paula. Em boa hora :)
ResponderEliminarIsabel, vais gostar :)Aguardo o teu comentário.
Olá Manuel
ResponderEliminaracabei de ler o livro e estava ansiosa para o terminar e com esperança que pudesse acabar de forma diferente(No fundo sabia que não ).
Fica-nos uma tristeza tão grande no final.
E ficamos a pensar porque tem que ser assim?
O livro é realmente tocante. Às vezes sentimos um aperto no coração.
Talvez porque alguns dos sentimentos que ali estão também já os sentimos.
A dureza e a solidão da adolescência, o medo da rejeição,o querer dizer o que não se consegue dizer, sabendo que dessa maneira podemos deixar fugir para sempre algo precioso que não tornaremos a encontrar...
E as marcas que ficam...
Alice e Mattia: tão perto e tão longe.
Um livro belíssimo.
Um abraço
Isabel
Isabel, sem qualquer exagero, gostei quase tanto do teu comentário como do próprio livro. Sentiste-o da mesma forma que eu: a distância, que Richard Bach dizia não existir, existe mesmo... pode ser a distância física ou aquela que os homens ou as circunstâncias impoem.
ResponderEliminarE quando um livro nos toca como este, queremos que acabe como gostaríamos que acabasse se os personagens fossemos nós. Mas a realidade é como a ficção: nem sempre acontece como queremos...
Ficam as tais marcas, Isabel. Recordações, fragmentos, desejos e, principalmentem, sonhos, que esses ninguém mata. Para lá de toda a realidade há sempre o sonho que é uma espécie de mundo alternativo que nos mantém a chama...
Graças a ti e ao teu blogue tenho lido livros maravilhosos que de certeza me escapariam.
ResponderEliminarObrigada
Um abraço
Isabel