Primeiras décadas do século XX. A pintura afastava-se do figurativo; a arquitetura abandonava os cânones neoclássicos; as artes decorativas, ditas menores, abraçavam a chamada Arte Nova; a literatura divorciava-se, ainda que provisoriamente, da narrativa clássica. O modernismo invadia as artes.
Profundamente influenciado pelos grandes mestres da literatura russa, principalmente Dostoievski, Raúl Brandão publicava esta obra, onde a dimensão psicológica e reflexiva fornecia ao leitor uma intensa e inovadora abordagem da alma humana que haveria de influenciar de forma profunda e definitiva a literatura portuguesa contemporânea.
Uma obra por vezes perturbadora, por vezes encantada, globalmente reflexiva, Húmus está na charneira de uma nova realidade literária em Portugal.
Bem Merecido. Também gostei muito deste pequeno, mas grande por dentro,livro. Existe uma profunda análise sobre a angustia humana, um lado existencial, que Raul Brandão aprofunda como ninguém.
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