Há destinos que se desenham em torno de um livro; vidas determinadas por um romance que alguém escreveu sobre papel e que outro alguém escreve sobre os dias e noites do destino.
Mas também há livros que mentem; que enganam e magoam; livros falsos, escritos sem alma. Mas não é desses que vive quem lê por paixão.
Carlos Brauer, leitor compulsivo, incurável, adicto, afirmou: “os livros são a minha casa”. E um dia levou essa máxima à letra e fez uma casa com livros. Livros e cimento. Sonhos de papel e betão. Uma casa sonhada e vivida, sobre as areias da paixão que o possuiu. Das paixões que o devoraram: os livros e Bluma, a mulher que o marcou sobre a Linha da Sombra, de Conrad.
Carlos Brauer, também ele, atravessará a sua Linha da Sombra; muito para lá de uma vida confinada ao real; uma vida que construiu sobre o fantástico mundo dos livros.
Este é um livrinho fantástico: lê-se de um fôlego, enche a alma de sonho mas deixa um sabor amargo a pouco.
Mas quem lê esta pequena obra-prima ficará sempre com a certeza de que os livros unem pessoas.
3 comentários:
Olá meu amigo Manuel Cardoso
tens toda a razão.
Teria eu os meus treze anos, li um livro que durante muito tempo norteou a minha vida de adolescente- A Sentença. Quem escreve tem mesmo muita responsabilidade!
Um grande abraço.
Hoje de manhã enquanto bebia o meu cafézinho, peguei n"A casa de Papel". Li-o de seguida.
Adorei.
Está ali tudo o que sente quem gosta de ler e ama os livros.
Um livro que me teria passado despercebido, não fosse mais uma vez o seu entusiasmo ao referi-lo, no seu blogue.
Gostei da capa.
E já agora deixo uma frase de Mário Quintana de que gosto muito e que se adequa:
"Livros
não mudam o mundo.
Quem muda o mundo são as pessoas.
Os livros só mudam as pessoas."
O poder dos livros!
Isabel
Descobriste uma excelente companhia para o teu cafezinho, Isabel!
Fico feliz por teres gostado; é um livrinho maravilhoso.
Um abraço e deixa de me tratar por você. Aqui somos todos amigos dos livros - temos o mesmo estatuto :)
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