Sinopse:
Dans les pavillons et les
jardins de la Cité interdite, une rumeur court : la " Sibérienne "
est de retour à la Cour et l'empereur Daoguang est retombé dans les filets de
cette sublime étrangère. Elle est venue réclamer le fils né de sa liaison avec
le souverain, dix-huit ans auparavant, et qu'on lui a arraché à la naissance. Cet enfant, c'est La
Pierre de Lune qui, parfaitement ignorant de son illustre origine, cherche
désespérément la jeune Anglaise dont il est tombé amoureux. Trouvera-t-il son
âme soeur dans ce pays assiégé par les Occidentaux ? Saura-t-il forcer le destin dans la fureur qui
s'annonce et conduira inexorablement au saccage du magnifique palais d'Eté,
joyau de la Chine impériale?
In www.wook.pt
Comentário:
Penso que ninguém exceto
José Frèches conseguiu de forma tão brilhante transmitir todo o encanto e todas
as misérias dessa civilização milenar que é a China. Traqta-se de um mundo que,
por tão distante e diferente se nos afigura sempre como uma espécie de mundo
encantado.
Neste volume Frèches aborda
do período entre as duas Guerras do Ópio, em meados do século XIX, em que os
países europeus, principalmente França e Inglaterra procuram a China como um
território a explorar ao máximo, nem que seja à custa de lhes fornecer o ópio
com que os chineses se torturam e matam a eles próprios.
Por outro lado, protestantes
e católicos rivalizam entre si, disputando os chineses não só como almas mas
também como fontes de recursos a conquistar. A ambição material e a ambição de
poder andam sempre a par e sobrepõem-se claramente à vontade de evangelizar e proteger
os autóctones. Estes vivem mergulhados na miséria e na ignorância. Assim os formou
o poder político imperial: submissos e humildes. Mas também não foram os
europeus capazes de acabar com esta miséria. Nem lhes interessava tal coisa.
Profundo admirador do
Budismo e das tradições ancestrais do povo chinês, Fréches escolheu para título
desta obra um acontecimento que só é descrito na parte final do livro; no
entanto, a pilhagem e destruição do palácio de Verão, por parte dos ingleses,
simboliza toda uma história de destruições e humilhações perpetradas pelos
europeus, principalmente ingleses, sobre os povos orientais, de quem se
pretendia apenas a exploração e o lucro. O negócio do ópio é um exemplo
flagrante; ele era perfeitamente legal, praticado às claras por fidalgos e
comerciantes “honrados”, mesmo sabendo-se que os pobres viciados chineses
viviam em condições degradantes e morriam de forma atroz, mergulhados na
dependência.
Enfim, um livro que se lê de
forma muito agradável, que nos permite compreender e admirar esta civilização
que se hoje é tão temida e admirada, foi durante séculos espezinhada e
torturada por um colonialismo egocêntrico e materialista que se arrastou até ao
século XX.
2 comentários:
Leste este livro em Francês Manuel?
Comprei os volumes que compõem esta história de José Fréches, na Bertrand do chiado. Volumes novos por apenas dois euros cada.
Gostei desta tua opinião, ainda não li os livros.
Li em francês, emprestado e bem me custou :)
Nuno, esse preço, por estes livros tão empolgantes, é um achado! Quem me dera!
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