segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Anel - Jorge Molist


Comentário:
Às vezes até é agradável ouvir uma canção Pop, ver um filme do tipo Academia de Polícia ou então ler um livro como este. Isto acontece especialmente quando estamos em férias, como é óbvio. Livros de ficção histórica sobre os Templários, com muito suspense, tornaram-se o "pimba" da literatura de ficção. Podemos ler um ou cem que a estória é sempre a mesma. No entanto, por mais do mesmo que leiamos, este tipo de leitura não deixa de ter o seu lado agradável: não obriga a pensar muito e proporciona umas horas de entretenimento com muito mistério e algum humor. Mesmo que esse humor derive de clichés que nos fazem rir pela forma algo ingénua como são construídos. 
Neste livro os membros da seita de neo-templários, por vezes aparecem descritos mais como um bando de imbecis do que um grupo religioso; dá a impressão que estamos perante um grupo de alienados que, sem motivo aparente, se juntam numa velha igreja para celebrar missas em latim, ocultando a sua identidade.
De resto é o cliché do costume: uma jovem advogada terrivelmente bonita, um jovem esotérico, hippie do século XXI mas estudioso de arte antiga e doutorado em história medieval (!) perseguem um tesouro deixado pelos templários, tesouro esse que também é procurado pelos "maus da fita". Por isso, pelo meio, vai haver muita "porrada", muitos beijinhos e muita emoção. Eles quase vão morrer, mas vão ser felizes. Entre os dois há o inevitável vértice do triângulo, na figura de um jovem gorducho a fazer lembrar um personagem da série Verão Azul.
O final, obviamente, será surpreendente. Não muito original, confesso, mas engraçado. Pelo meio há um enigma interessante. Por vezes o autor perde-se um pouco em descrições históricas algo inúteis, dando a impressão de estar a encher umas páginas. Mas ao mesmo tempo há também informações interessantes para quem não conhece a história desta fascinante ordem religiosa que foram os Cavaleiros do Templo.
Em conclusão, um livro sem grande qualidade literária (mais do mesmo) mas que se lê de forma descontraída e até agradável. A tradução desta edição Ésquilo deixa algo a desejar mas, enfim, estamos no Verão...
Sinopse:
No seu vigésimo sétimo aniversário, Cristina, uma promissora advogada nova-iorquina, recebe dois anéis. O primeiro, um rico anel de noivado, é de um próspero corretor da bolsa, enquanto o outro, um misterioso anel antigo, provém de um remetente anónimo. Aceita ambos, sem saber que são incompatíveis e que o anel com o rubi vermelho irá arrastá-la para uma aventura que lhe dará ensinamentos sobre a vida, o amor e a morte, através de um conjunto de experiências inesquecíveis que alterarão para sempre o seu destino e a sua visão do mundo.
Sob a influência desse estranho anel, a jovem viaja para Barcelona, onde enfrenta misteriosas personagens, segredos de família inconfessáveis, o seu primeiro amor, lojas herméticas e uma enigmática herança que exige decifrar chaves ocultas na arte gótica templária.
Durante este périplo, tanto físico como espiritual, Cristina percorre a costa mediterrânica, regressando ao seu passado e a um outro muito mais longínquo: o trágico destino do último dos templários do reino de Aragão.

in www.esquilo.com

1 comentário:

Teté disse...

Pronto, já percebi o estilo... e passo! Mas também não desdenho leituras de verão menos literárias: não vou é comprá-las! :)

Beijocas