(também publicado no blogue Destante)
Fascinante! O mínimo que se pode dizer deste livro é que se trata da prenda ideal para este ou para qualquer Natal.
Não é por acaso que Marc Levy é o escritor francês que mais livros vende, um pouco por todo o mundo.
Esta é uma obra empolgante, delicada, emocionante e cheia de significado. Não se trata apenas de um livro de aventuras nem de uma história de amor; é uma epopeia recheada dos mais belos sentimentos humanos, um livro cheio de romantismo.
O astrofísico Adrian, e Keira, arqueóloga, percorrem o mundo em busca de quatro fragmentos de um estranho objecto com quatrocentos milhões de anos. Esses achados poderiam revolucionar por completo toda a história da vida na terra e todo o rumo da humanidade. Nessa intensa aventura contam com o apoio de Ivory, um velho professor de Etnologia e Walter, gestor da Real Academia de Ciências de Londres. No entanto, uma misteriosa organização liderada pelo enigmático Lord Ashton tudo fará para os impedir.
A narrativa faz-nos viver mundos maravilhosos, como o dos antigos Sumérios, o fascinante povo da Mesopotâmia que inventou a escrita.
Por entre aventuras, desventuras, perigos e actos de heroísmo, o enredo não deixa de nos suscitar profundos motivos de reflexão: por mais que a ciência evolua, por mais rigoroso que seja o conhecimento científico, nunca conheceremos tudo. E o ser humano tem uma profunda dificuldade em aceitar a impotência do saber; daí que, muitas vezes o incompreensível seja confundido com superstição. Tudo o que contraria o saber estabelecido (que é necessariamente limitado) é visto como perigoso porque contraria as pobres verdades que o ser humano teima em considerar inabaláveis. Aquilo que Adrian e Keira descobrem é perigoso porque desafia esse conformismo.
É por isso que este livro é também um belo hino ao infinito… o nosso conhecimento talvez não seja mais que um magro tesouro que guardamos religiosamente; e nós talvez não sejamos mais que um grão de areia no Universo. Um Universo infinito como amor de Adrian e Keira; infinito como a amizade de Adrian e Walter; infinito como o fascínio que um livro como este nos desperta e nos aprisiona até ao fim…
6 comentários:
"A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio
de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida"
Um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de Paz,
Amor, Saúde e Amizade.
Bjs
Manuel deixaste-me com imensa curiosidade em ler algo deste autor!
As capas já me tinham chamado à atenção, mas nunca trouxe nenhum para casa...
Olá. Este autor nunca me tinha chamado a atenção, apesar de ouvir falar dele constantemente, mas a sua crítica despertou-me a curiosidade. Segundo a sinopse da wook este livro é a continuação de "O Primeiro Dia". Já leu este?
Viva Manuel.
No mínimo interessante esta tua opinião.
Há uns tempos li um livro dele que também deu filme. Achei engraçado mas mais nada. No entanto, desta vez, parece-me que o argumento é mais profundo, motivo, para mim, de maior interesse.
Obrigado Fátima. Feliz Natal também para ti.
Tonsdeazul, branca de neve e Iceman tenho a certeza que se lerem vão gostar. De facto não li O Primeiro Dia e só me aperecebi depois de ler que havia uma obra anterior. Vou ler um dia destes.
Ao longo da leitura fui-me lembrando várias vezes de Dan Brown. O enredo cheio de suspense e mistério fez-me lembrar Anjos e Demónios. Só que Levy tem uma escrita mais interessante, mais rica e o enredo é bem mais... como dizer... tem um argumento mais profundo, como diz o Iceman. Não se trata apenas de contar uma estória; trata-se de fazer passar determinadas mensagens utilizando esses estórias, o que é bem diferente.
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