Sinopse
Obras sobre Templários e segredos religiosos têm-se
transformado em best-sellers nos últimos meses, sendo o caso mais evidente o
sucesso estrondoso de «O Código da Vinci». «A Irmandade do Santo Sudário», da
jornalista espanhola Júlia Navarro, vem confirmar essa apetência do público.
A acção do livro decorre em Turim, quando um incêndio assola a catedral da cidade italiana onde se venera esta controversa relíquia.
Este incêndio e a morte de um homem a quem tinham cortado a língua são o detonador de uma empolgante investigação policial do «Departamento de Arte» dirigido pelo detective Marco Valoni e pela perspicaz e atraente historiadora Sofia Galloni.
Alternando capítulos no presente com capítulos de um teor mais histórico (Império Bizantino, a França de Filipe o Belo, Portugal, Espanha, entre outros.), Julia Navarro constrói uma trama que vai dos Templários aos nossos dias.
A acção do livro decorre em Turim, quando um incêndio assola a catedral da cidade italiana onde se venera esta controversa relíquia.
Este incêndio e a morte de um homem a quem tinham cortado a língua são o detonador de uma empolgante investigação policial do «Departamento de Arte» dirigido pelo detective Marco Valoni e pela perspicaz e atraente historiadora Sofia Galloni.
Alternando capítulos no presente com capítulos de um teor mais histórico (Império Bizantino, a França de Filipe o Belo, Portugal, Espanha, entre outros.), Julia Navarro constrói uma trama que vai dos Templários aos nossos dias.
Os protagonistas são homens de negócios cultos e refinados, cardeais e outras
importantes figuras da Igreja, ou seja, uma elite cujo único elemento comum é
serem solteiros, ricos e muito, muito poderosos.
(in Wook.pt)
Comentário:
Já por várias vezes deixei aqui o meu apreço pela literatura
espanhola. Escritores como Zafón, Perez-Reverte, Mendoza, Vila-Matas, etc. têm o
condão de agarrar o leitor, os primeiros com uma escrita mais objetiva em
narrativas lineares, os segundos com enredos mais reflexivos.
Esta escritora, Júlia Navarro, pertence ao grupo dos
primeiros: com um estilo objetivo, quase jornalístico, ela vai-nos contando uma
história fascinante, mau grado os clichés que constituem o tema do romance: as
intrigas em torno do Santo Sudário e a história misteriosa dos Cavaleiros
Templários.
O romance é construído em dois tempos: numa perspetiva
diacrónica, vai sendo exposto o percurso do sudário, desde a sua origem na
morte de Jesus Cristo, até ao seu destino misterioso. Por outro lado, numa
abordagem de tipo policial, vai-se contando a história da investigação de
misteriosos incêndios na catedral de Turim que levam os investigadores e
especialistas a tentar desmontar as intrigas que se tecem em torno do
misterioso linho.
Paulatinamente, o leitor vai-se apercebendo de como
determinados interesses pessoais e de grupos podem tornar-se perigosos e
assumir contornos verdadeiramente assustadores. Na verdade, a ambição humana
pode atingir limites incalculáveis, de permeio com convicções religiosas
assustadoramente radicais.
É curioso como dois temas tão explorados pela literatura, o
sudário e os Templários, ainda são terreno fértil para bons livros como este.
É certo que a história é, por vezes, demasiado linear e
demasiado presa a certos lugares comuns; mas também não deixa de ser verdade
que é graças a livros como este que a literatura de ficção cumpre os seus mais
nobres objetivos: a promoção da leitura na sua componente lúdica e a divulgação
do saber. Sim, porque pelo meio da ficção, este livro não deixa de nos
enriquecer em termos de conhecimento histórico.
Enfim, no bom estilo de “nustros hermanos”, estamos perante
um livro divertido, agradável e, acima de tudo, cheio de conteúdo.
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