Sinopse
Cerca de um século antes dos eventos narrados em A Guerra
dos Tronos, um jovem escudeiro parte em busca de fama e glória num dos mais
famosos torneios de Westeros. Mas o destino prega-lhe uma partida e coloca-o no
caminho de um rapaz misterioso que irá mudar a sua vida para sempre. A não
perder para os fãs da melhor série de fantasia da atualidade.
O Cavaleiro de Westeros abre esta coletânea com os melhores contos de George R. R. Martin. Nela encontrarão também uma cidade dominada por uma elite de lobisomens, onde ocorrem horrendos acontecimentos; um magnata excêntrico com gosto por espécies exóticas que vai ser confrontado com o que não esperava; um padre em crise de fé num mundo distante; uma mulher que vasculha universos em busca do amor perdido; ou um homem que se vê confrontado com a derradeira escolha, num mundo em que o fim da vida não equivale necessariamente à morte. Dez histórias nascidas da imaginação do criador de As Crónicas de Gelo e Fogo.
O Cavaleiro de Westeros abre esta coletânea com os melhores contos de George R. R. Martin. Nela encontrarão também uma cidade dominada por uma elite de lobisomens, onde ocorrem horrendos acontecimentos; um magnata excêntrico com gosto por espécies exóticas que vai ser confrontado com o que não esperava; um padre em crise de fé num mundo distante; uma mulher que vasculha universos em busca do amor perdido; ou um homem que se vê confrontado com a derradeira escolha, num mundo em que o fim da vida não equivale necessariamente à morte. Dez histórias nascidas da imaginação do criador de As Crónicas de Gelo e Fogo.
Comentário:
Este livro, constituído por diversos contos, na sua maioria,
escritos na juventude de Martin constituem um belo testemunho da primeira fase
de afirmação deste escritor de enorme sucesso. Aliás, tão importantes como os
contos são as introduções que o escritor faz, onde nos revela peripécias muito
interessantes da sua juventude, num bairro modesto nos arredores de Nova
Iorque.
Muito interessante, por exemplo, a humildade do autor na
veneração que diz nutrir pelo grande mestre Tolkien, já nessa altura o grande
mentor de escritores do fantástico.
Os contos que aqui se apresentam são bastante variados no
que toca à temática e ao estilo. Na verdade, ao longo de quase todo o livro
manifesta-se um deambular constante entre oi fantástico de raiz histórica e a
ficção científica. Sendo este domínio o mais apreciado na época é nítida no
entanto a maior vocação de Martin para o terror e o fantástico.
Pessoalmente, parece-me bem mais conseguida a fantasia
histórica de onde se destaca, sem dúvida, o conto que dá nome ao livro: O
Cavaleiro de Westeros.
Mesmo no que respeita à ficção científica, Martin nunca põe
de parte uma visão humana das narrativas; por exemplo em “Uma canção para Lya”
é notável como Martin antevê aquele que é um dos aspetos mais perturbadores da
visão que podemos ter do futuro: a capacidade para ler os pensamentos e os
sentimentos dos seres humanos. Assustador, mesmo. Este toque de realismo é, a
meu ver, a característica distintiva desse género que sinceramente não aprecio,
a ficção científica. Mesmo assim, há pormenores notáveis na mensagem de alguns
contos, como por exemplo em O Caminho da Cruz e do Dragão, onde a mentira é
vista como a perfeição. Afinal, todas as religiões se baseiam em mentiras mas
apenas aquela seita, os Mentirosos, assumem tal condição. É inevitável, aqui, a
referência a Maquiavel, em que a arte da política se baseia na capacidade de oferecer
ao povo as mentiras com que este deseja ser enganado.
No que respeita ao fantástico, chega a ser encantadora a
evocação do passado, mais especificamente do imaginário medieval presente em O
Cavaleiro de Westeros.
Finalmente, um destaque muito especial para Reis de Areia:
um conto magnífico. Trata-se de uma espécie de fábula sobre a natureza da
guerra. Toda a estória está cheia de simbolismo sobre os senhores da guerra e
como eles manipulam os mais modestos dos seres, transformados em máquinas de matar.
Enfim, um livro revelador de muitas das facetas
desconhecidas de Martin, um escritor que sempre rejeitou rótulos: ele não é o
mestre do fantástico nem da ficção científica ou do horror; ele é apenas o
escritor de “coisas esquisitas” como dizia o seu pai.
7 comentários:
Meu caro Manuel Cardoso, um óptimo ano para ti, meu amigo.
Estou a meio do nono livro da saga das Crónicas do Gelo e do Fogo. Falta apenas um para terminar o que o autor até agora publicou sobre tudo o que A Estrada do Rei abrange, desde a Muralha até Dorne. E é simplesmente arrebatador. É excepcionalmente impressionante a capacidade de planeamento que George Martin tem. Estou há uns meses sem capacidade para ler mais nada. Este menino que há em mim pula de alegria. Um abraço.
Mas que grande surpresa, Poeta; às vezes vou ao teu "Futrica" mas, realmente, não temos conversado.
E fico surpreendido também por gostares de Martin. Na verdade, a vida é demasiado séria para passarmos ao lado da fantasia; eu acho que também vou aventurar-me mais neste género.
Um abraço, caro amigo
Meu querido Manel, acredita que este era o último blogue onde esperava encontrar uma opinião à cerca de Martin. LOL
Mas ainda bem que o fizeste. Tenho este livro para ler, desde a vinda de Martin a Portugal, está autografado pelo autor, com quem tive o gosto de trocar algumas impressões muito, muito rapidamente, mas nunca o li.
E já que segues os conselhos do "Tio Nuno" cá vai mais um, lê "As crónicas de Gelo e Fogo" garanto-te que não te vais arrepender.
Até mesmo para quem não aprecia o género, vale a pena... pensa nisso.
Claro, Nuno, eu já tenho esse livro na lista de "a ler"
Quanto ao teu espanto, é natural, mas eu tento ser bastante eclético. Qualquer dia ainda perco a cabeça e até leio Rodrigues dos Santos :)
Hum... bem aí sou mais renitente... mas talvez em breve lhe dê uma segunda oportunidade! Não gostei do Codex, achei tão forçado e chato, que nunca o acabei....
Confesso que agora me deixaste pasma! Sabes que não te imaginava a ler George R. R. Martin. E não me perguntes porquê?! ;) Não saberia explicar... Parece que não se enquadra no perfil... Eheh
Boas leituras!
tonsdeazul, eu também não me imaginava lendo este livro. Devo a ideia à Andreia Ferreira do clube de leitura Brtrand de Braga. E gostei.
Afinal, todos gostamos um bocadinho de fantasia, né? :)
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