Sinopse:
Sun Tzu (544 - 496 A.C.), é considerado um dos maiores
estrategas militares de todos os tempos. Esta sua obra é considerada de grande
importância nos escritos militares e estratégicos de toda a história da
humanidade. Segundo os especialistas, apenas Carl von Clausewitz (Arte e
Ciência da Guerra) se pode comparar, embora A Arte da Guerra seja mais
acessível à leitura. Mais do que um livro militar, A Arte da Guerra é
considerado um livro filosófico e vezes sem conta, acaba por ser uma referência
noutras áreas como por exemplo, a gestão. A presente edição, para além de
profusamente ilustrada, conta com um texto que provém da edição clássica de
1963, da Oxford University Press.
Sem dúvida, estamos perante a edição mais cuidada e quiçá a mais completa, alguma vez editada em Portugal.
Sem dúvida, estamos perante a edição mais cuidada e quiçá a mais completa, alguma vez editada em Portugal.
Comentário:
A Arte da Guerra é considerada uma das obras literárias mais
antigas do mundo, escrita por Sun Tzu, um estratega chinês, no século V ou VI
a.C.)
Em termos objetivos, trata-se de um autêntico manual para
quem dirige um exército, em guerra. Nesse âmbito, surpreende a escrita
objetiva, direta, muito clara, com todos os aspetos que rodeiam a arte da
guerra, desde a preparação da batalha até ao seu desfecho.
Obviamente, se este fosse o único aspeto notável da obra,
nunca eu a teria lido. Acontece que o impacto deste livro no mundo literário e
mesmo em termos históricos foi enorme. Hoje em dia há mesmo empresas que
aconselham os seus funcionários a ler este livrinho e a tentar associar aquele
espírito guerreiro à sua atividade profissional. É que, mais do que um tratado
de guerra, este livro é um tratado na arte do engano, do engodo, da capacidade
para iludir os adversários. Por outro lado, ao longo de todo o livro é exaltado
o valor da disciplina; esse é um aspeto fundamental, não só na guerra
tradicional como nas muitas guerras que o mundo capitalista em que vivemos
acaba por envolver. Na verdade, se há 2500 anos era fundamental enganar os
inimigos no terreno de batalha, hoje parece ser fundamental enganar os inimigos
no campo de batalha empresarial. E esses inimigos são muitos, desde o Estado
que cobra impostos, a concorrência que nos quer esmagar e, acima de tudo, essa
massa anónima que são os consumidores que se pretende subjugar.
Todo este impacto deste pequeno livrinho levou a que fosse
mesmo encarado como um tratado filosófico. De facto, nele se encara a vida como
uma extensão da guerra; não como se as batalhas fossem uma consequência da vida
das nações mas como se toda a vida da nação derivasse da guerra.
Não se pense, n o entanto, que o conceito de guerra, neste
livro, se transforma na exaltação da violência. Pelo contrário: uma das ideias
mais interessantes do livro é esta: a maior vitória é aquela que se consegue
sem batalha; sem confronto; é aquela que resulta da subjugação do inimigo antes
mesmo do confronto. O pior é que, para lá chegar, Sun Tzu defende toda a sorte de estratégias, algumas delas que consideraríamos
hoje como muito pouco éticas: tudo vale para enganar o adversário.
2 comentários:
Sem dúvida. Também li esse livro recentemente com base na sua forte influência em termos empresariais.
O teu blog está outra vez a não actualizar as tuas publicações mas eu venho espreitar na mesma ;)
Beijinhos e boas leituras **
Não sei o que se passa quanto a isso, Denise. O blogspot está cada vez pior :(
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