quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

As Aventuras de Sherlock Holmes - Arthur Conan Doyle



Sinopse
As Aventuras de Sherlock Holmes, publicado pela primeira vez em 1892, reúne doze contos publicados inicialmente entre 1891 e 1892 na revista The Strand. Nesta colectânea podemos encontrar, entre outros casos, Um Escândalo na Boémia, que gira à volta da astuta Irene Adler, Um Caso de Identidade, A Faixa Malhada ou O Mistério do Vale Boscombe.

Sempre coadjuvado pelo inestimável Doutor Watson, Sherlock Holmes nunca deixa por resolver os casos que lhe são apresentados. Graças ao seu método lógico-dedutivo, Holmes consegue sempre surpreender os leitores com as suas deduções, recorrendo às coisas mais triviais para solucionar mistérios aparentemente insolvíveis, com a inteligência e a acutilância que o transformaram numa das mais brilhantes e fascinantes personagens da literatura policial.

Comentário:
O que dizer de um criminoso que rouba e destrói à martelada bustos de Napoleão? Este mistério, investigado e desvendado por Sherlock Holmes no primeiro destes contos, é bem revelador do segredo do sucesso de Arthur Connan Doyle: o mistério vem sempre servido com uma boa dose de humor. A criatividade com que o escritor cria os cenários mais incríveis é complementada com uma escrita bem-disposta, que diverte o leitor, ao mesmo tempo que o agarra num suspense, num mistério, enfim numa atmosfera de incerteza que poucos escritores conseguiram imitar até hoje.
É por tudo isto que Sherlock Holmes é um dos personagens mais bem concebidos da história da literatura: um investigador inteligente e humano, eficaz e divertido.
Por outro lado, é espantoso como o autor consegue enquadrar sempre a solução dos enigmas em aspetos triviais, coisas que estiveram sempre “à vista” do leitor. Um dos truques mais usados na má literatura policial é recorrer a elementos que nunca estiveram ao alcance de quem lê, para desvendar os enigmas, por exemplo, fazendo surgir como criminoso um personagem que aparece no decurso da narrativa, como se tivesse sido escondido do leitor. Connan Doyle foge de todo este tipo de subterfúgios, como se o leitor tivesse a chave do enigma perto da mão, desde o início da narrativa.
Enfim, um livrinho divertido, capaz de despertar as “celulazinhas cinzentas” acompanhado com uma boa dose de bom humor.

11 comentários:

Sara disse...

Ah as células cinzentas! Que clássico...Agora fiquei com vontade de ler um bom policial.

Cumps!

Carlos Faria disse...

Há anos que não leio um Conan Doyle, uma Agatha Christie ou George Simenon e afins... viramo-nos para géneros considerados mais cultos e depois esquecemo-nos do prazer que esses livros são capazes de nos dar na sua forma de ser que nem por isso deixam de ser por vezes geniais.

nuno chaves disse...

Subscrevo totalmente o que diz o Carlos Faria, de vez em quando bate a saudade nos "Clássicos policiais" embora hoje em dia também existam coisas muito bem escritas.

Jesi Alves disse...

Boa tarde, tudo bem?
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Unknown disse...

Sara
Lembrei-me das celulazinhas cinzentas porque era essa a expressão do magnífico Poirot :)
Carlos e Nuno
Estes livros são magistrias. Em todos os géneros há coisas magnificas e coisas que não prestam. Muita literatura policial de má qualidade deu má reputação ao género. Mas os MESTRES são isso mesmo: magníficos.
Na minha opinião há 3 grandes livros policiais que recomendo a toda a gente como os melhores de sempre:
- O Cão dos Baskerville, de Sir Arthur Conan Doyle
- Crime no Expresso do Oriente, de Agatha Cristie
- O Homem que via passar os comboios, de George Simenon

Jessielle, obrigado.
Valeu, mas meu layout já é lindo por demais :) Cê não acha não?

nuno chaves disse...

Que bem você está escrevendo "brasileiro" meu "quirido" amigo :D

Poeta do Penedo disse...

Diz-se que o Sherlock Holmes entrou pela vida de Arthur Conan Doyle e lhe destruiu toda a privacidade, o que levou a que o seu criador o abominasse, e o tivesse tentado relegar para o esquecimento. Mas Holmes foi forte, resistiu, e não se descolou de Conan Doyle. A ser verdade, é muito interessante de analisar esta questão.
Um abraço caro amigo.

Cristina Torrão disse...

Lembras e bem esse truque da má literatura policial de «recorrer a elementos que nunca estiveram ao alcance de quem lê, para desvendar os enigmas». Não há nada que mais me irrite, não só em livros, como em filmes. Uma pessoa concentra-se, põe hipóteses e, no fim, lá vem o desconhecido, com um segredo fenomenal! Acho que é uma traição ao leitor. Ainda há pouco tempo li um livro que me desiludiu por causa disso mesmo. O enredo era interessante (fora as cenas de sexo, de bastante mau gosto, mas enfim). Mas prendeu-me, pus-me a conjeturar, queria ler mais e mais e, no fim, aparece o mau da fita, de repente, uma personagem que só existe nas últimas dez páginas. Bah...

Unknown disse...

Olá Cristina
Connan Doyle embirraria seriamente com isso :)
Em O Cão dos Baskerville e, principalmente em O Crime no Expreeso do Oriente, da A. Christie, os culpados são descaradamente conhecido desde o início :)

Unknown disse...

Grande poeta, está muito bem vista essa relação conflituosa entre criador e criatura :)
Um abraço

Pedrita disse...

eu adoro esse autor. beijos, pedrita