sábado, 31 de março de 2012

O Alquimista - Paulo Coelho


“Porque é que tens de pedir emprestado o martelo do vizinho se podes usar o teu” ou “porque tens de ir comprar um martelo se tens o teu na arrecadação” podem ser exemplos da moral a extrair deste livro. O pastor Santiago cansa-se da monotonia dos campos andaluzes e decide ir à procura do seu sonho, da sua Lenda Pessoal. Depois de consultar uma cigana e o "rei de Salém" identifica o seu tesouro pessoal junto das pirâmides do Egito. Para lá chegar, Santiago percorre o norte de África vivendo aventuras fabulosas. No final descobre que o tal tesouro estava na sua Andaluzia, bem debaixo do seu nariz.
Que me perdoem os fanáticos da autoajuda, mas eu não gostei deste livro. (Ops, eu próprio sou um fanático da autoajuda, ou melhor, de livros a que chamam “autoajuda”). Mas, como já escrevi várias vezes, não gosto de colocar etiquetas nos livros; não se trata aqui de desvalorizar ou desprezar um determinado estilo; trata-se apenas de dizer que, na minha opinião, este livro tem um enredo previsível e banal. É um daqueles livros em dos quais se pode dizer que “não se aprende nada” com a leitura. Bem, temos de relativizar isto porque O Alquimista foi escrito em 1988 e terá influenciado dezenas de livros posteriores, a maioria deles escritos por… Paulo Coelho.
Um outro motivo que me leva a relativizar a crítica a Paulo Coelho é o facto de a sua leitura ajudar, de facto, tanta gente. Se as pessoas se sentem bem lendo estes livros, se houve alguém que passou a viver melhor, se houve alguém que aliviou o seu sofrimento lendo Paulo Coelho, então já vale a pensa que os seus livros sejam divulgados.
Pessoalmente, penso que os livros de Augusto Cury são mais interessantes; talvez a escrita de Cury não seja tão poética como a de Coelho mas é seguramente muito mais rica.

9 comentários:

Teté disse...

Não conheço Cury, mas este foi o único livro que li de Paulo Coelho e, na altura, gostei bastante! Ao tentar ler o segundo, já não consegui passar das primeiras páginas, em que a personagem é um guruzinho qualquer a quem as pessoas pedem ajuda...

Mas pronto, se tem tantos fãs, é porque as pessoas encontram prazer em lê-lo. :)

Bom domingo!

www.amsk.org.br disse...

"Verônica decide morrer" me pareceu o único que de fato se destinava a contar um fato além da tentativa da poesia. Acredito no disse: se ajuda alguem a mudar de vida, já valeu a pena.
Já tentei ler três livros do Cury, mas não consegui chegar a metade de nenhum. Acredito que nesses últimos 20 anos a necessidade de ter alguem, escrevendo o mínimo de carinho e traços de intuição, chega ao sucesso, além da solidão e do afastamento das pessoas e sim, são de auto ajuda, assim sendo, que bom que ajudam alguem.

bom domingo e boa semana

Nuno Chaves disse...

Eu adorei este livro! É verdade que o li á muitos anos e de facto foi numa fase da minha vida, em que precisava de acreditar e sobretudo de sonhar. Talvez seja por isso que gostei tanto dele. Não é de todo um livro que mude a vida de ninguém, mas acredio que muitas pessoas que o leram, por minutos, acreditaram que é possivel continuar a sonhar e sobretudo acreditar que se conseguem atingir os nossos objectivos. E claro todos nós temos os nossos momentos de mau gosto (LOL).
Um grande abraço para ti Manuel.

p.s. Tás zangado com o página a página? :)

Fefa Rodrigues disse...

Manoel, sinceramente, considero Paulo Coelho e Augusto Cury péssimos...

Sugestão: leia algo do Jô Soares, é muito divertido... não sei se tem algo dele publicado ai em Portugal, mas destes autores contemporaneos, acredito que ele seja o mais interessante, apesar dos livros dele serem para rir, nada muito sério.

Mas Paulo Coelho, simplemente não dá!

Unknown disse...

Teté, aconselho-te A Saga de UM Pensador, do Augusto Cury. É uma história empolgante e cheia de significado.

amsk.org
estive a ler a sinopse desse livro ("Verônica decide morrer") e, de facto, parece-me interessante. O tema da loucura sempre me interessou; talvez o leia um destes dias.

Nuno, como poderia estar zangado com o página a página? Acontece que tenho andado pouco pela net e por isso não tenho comentado, como não o tenho feito noutros blogs. Mas, mesmo calado, estou lá :)

Fefa
eu não sabia, mas parece que o Jo Soares tem 5 livros publicados! Eu só o conhecia da TV. Vou procurar os livros dele!

Tiago M. Franco disse...

De Paulo Coelho apenas li Onze Minutos, também não fiquei com grande impressão do autor, a prova-lo está o facto de ter lido o livro à cerca de quatro anos e de nunca mais ter regressado ao autor.

Fefa Rodrigues disse...

Manuel, isso mesmo, são 5 livros, dos quais eu já li quatro e todos muito divertidos...

Só pra facilitar, caso vc se interesse em ler:

1. O Homem que Matou Getúlio Vargas (o melhor na minha opnião)

2. O Xangô de Baker Street

3. Assassinato na Academia Brasileira de Letras

4. As Esganadas (minha última leitura)


Tem um outro, que até onde me lembro, foi publicado primeiro que estes de maior sucesso, acho que é de Contos, mas não sei ao certo e nunca encontrei pra comprar...

Carla disse...

Olá Manuel
Já leste Verónica decide morrer de Paulo Coelho. Partilho a tua opinião em relação ao belíssimo livro A Saga de um Pensador de Cury.
Boas leituras!

Unknown disse...

Olá Leitora
é engraçado que já me falaram muito bem desse livro. Acho que vou dar mais uma oportunidade ao P Coelho. :)
Quanto ao livro do Cury é, de facto, um livro portentoso.