domingo, 11 de dezembro de 2011

Lendo A Sombra da Águia, de Arturo Perez-Reverte


Escrito em 1993, só foi publicado em Portugal, pela Porto Editora, em 2009. No entanto, este é um livro fundamental para compreender a carreira literária deste que é, talvez, o melhor escritor espanhol da actualidade.
De facto, Perez-Reverte tem um percurso curioso: talvez devido à sua formação profissional, Reverte iniciou a carreira literária com alguns livros notáveis pela emoção e pela imaginação com que criava aventuras e episódios bélicos, como em Limpeza de Sangue ou os seis livros da série Capitão Alatriste. Pouco tempo depois atingiu o seu auge naquela que é, para mim, a sua obra-prima: o Clube Dumas.
Mais tarde Reverte inicia um desvio na sua linha criativa, tornando-se um autor mais reflexivo, mais interior, menos espectacular. É o período de O Pintor de Batalhas. Eu, pessoalmente, prefiro esta época ingénua e inicial, mais divertida e descontraída, com o se encontra neste divertido A Sombra da Águia, em que um batalhão de soldados espanhóis ao serviço de Napoleão na Rússia, tenta desertar mas Napoleão confunde a fuga dos espanhóis traidores com um ataque heróico e manda um destacamento para ajudar os bravos heróis espanhóis.

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