Escrito em 1993, só foi publicado em Portugal, pela Porto
Editora, em 2009. No entanto, este é um livro fundamental para compreender a
carreira literária deste que é, talvez, o melhor escritor espanhol da
actualidade.
De facto, Perez-Reverte tem um percurso curioso: talvez
devido à sua formação profissional, Reverte iniciou a carreira literária com
alguns livros notáveis pela emoção e pela imaginação com que criava aventuras e
episódios bélicos, como em Limpeza de Sangue ou os seis livros da série Capitão
Alatriste. Pouco tempo depois atingiu o seu auge naquela que é, para mim, a sua
obra-prima: o Clube Dumas.
Mais tarde Reverte inicia um desvio na sua linha criativa,
tornando-se um autor mais reflexivo, mais interior, menos espectacular. É o
período de O Pintor de Batalhas. Eu, pessoalmente, prefiro esta época ingénua e
inicial, mais divertida e descontraída, com o se encontra neste divertido A Sombra
da Águia, em que um batalhão de soldados espanhóis ao serviço de Napoleão na
Rússia, tenta desertar mas Napoleão confunde a fuga dos espanhóis traidores com
um ataque heróico e manda um destacamento para ajudar os bravos heróis
espanhóis.
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