sábado, 21 de maio de 2011

Lendo Machado de Assis

Nunca tinha lido nada deste grande mestre da literatura brasileira. A meio do livro (D. Casmurro), é já possível reconhecer em Machado de Assis uma capacidade narrativa extraordinária. A sua linguagem, expremamente objectiva, torna a narração límpida, transparente, sem floreados.
Trata-se da história de Bento Santiago, contada na primeira pessoa, desde a infância, passando pelo seminário e o primeiro amor (Capitu), até ao momento em que escreve, com cerca de 50 anos.
Ao longo do livro é extraordinário o retrato social da época (meados do século XIX), o tradicionalismo dos costumes e o moralismo que caracterizavam a classe aristocrática brasileira, ainda esclavagista.
Um livro interessante que se lê com gosto. Saúda-se a sua inclusão na colecção "Não-Nobel" do jornal Público. Excelente iniciativa.

3 comentários:

Anónimo disse...

Manuel,
vc acredita que eu já li todos os livros publicados do Machado de Assis?!!!
Pois é. Comecei quando era adolescente e vivo relendo sempre alguma obra dele.
Bjs.

Au chocolat disse...

Também comprei mas tenho primeiro de acabar "Os Buddenbrook"...
Do D. Casmurro apenas li as2 primeiras páginas enquanto estava a tomar o pequeno-almoço, depois de o comprar e parece-me que Chico Buarque o imita um pouco no estilo.

Unknown disse...

Olá Fátima
que inveja... eu ainda só li este... mas a julgar pelo D Casmurro parece que não vou perder outras obras dele...
Au Chocolat
penso que a escrita de Assis é muito mais límpida que a de Buarque. Talvez o romantismo de Assis tenha seguimento em Buarque mas ao ler este livro lembrei-me muito mais de Erico Veríssimo...
bjs