Faz hoje 20 anos que morreu Salgueiro Maia. Por isso, hoje não escrevo sobre livros. Hoje escrevo sobre um homem que foi um livro; um livro aberto sobre democracia; sobre liberdade; sobre cidadania.
É com estes heróis que se faz a história de um povo; não de uma elite, de um qualquer Conselho da Revolução, ou de governos milagreiros e manhosos. História do POVO. História dos que sofreram, dos que atravessaram a fome da ditadura e a miséria da ignorância salazarenta!
História com H maiúsculo! História de gente humilde que se resumiu neste rosto, o rosto da esperança que hoje alguns teimam em destruir:
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegamos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegamos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!" (Salgueiro Maia)
5 comentários:
Salgueiro Maia, sem dúvida um grande herói! Nem vale a pena repetir, mas ele é a imagem deste povo que somos, constantemente atraiçoado pelos governantes poderosos e elitistas... ;)
Espero que Salgueiro Maia, não nos esteja a ver lá de cima, pois se estiver, deve estar aos saltos com o Estado das Coisas.
E com certeza Salgueiro Maia, ficaria desapontado com Portugal e os Portugueses.
Um pequeno grande artigo, para lembrar um grande homem. Um dos nossos herois.
Manuel Convido-te a acompanhar o blogue "Portugal S.A." estou lá a fazer uma "perninha" e conto com a tua visita.
O Endereço é:
www.portugalsa.wordpress.com
Um grande abraço.
De facto, não era este Portugal que Salgueiro Maia queria; não era estado de coisas em que os galifões fascistas foram substituídos pelos galifões da banca e todos os que rodeiam a respetiva gamela.
Este é o Portugal da vergonha e do come-e-cala que, certamente, os heróis de Abril não queriam.
Nuno, vou já ver o tal blogue...
O nosso grande Portugal, transformou-se de vez num portugal dos pequeninos.
Uma Sociedade anónima. Onde tudo se compra e tudo se vende.
Gostei de ler e de relembrar. Tão esquecido, não é?
Deve ter a sua filosofia e pensar "que burros que são... Que pena!"
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